Penso sempre que podemos mudar o mundo para melhor e busquei por muito tempo, presunçosamente, encontrar algo que fosse a solução, uma palavra que resumisse o que pode melhorar nossa existência... Importar-se
Importar-se verdadeiramente com as pessoas, o planeta, nossa existência e a do outro. Nos tempos atuais nos importamos sobremaneira com “nossa” vida, nossa família, nosso trabalho, nosso mundo, sempre de forma subjetiva; o que importa sou eu e mais ninguém, essa é a lógica da destruição. Nascemos para viver em sociedade, mas estamos permitindo que nossa subjetividade destrua a existência humana.
Importar-se é sair de si mesmo, abrir-se para fora e perceber que não estamos sozinhos, que nossos problemas são o de toda gente, mesmo levando em conta as subjetividades.
O século XX foi extremamente importante para o desenvolvimento de novas tecnologias, mas acabamos deixando de lado nossa humanidade. Que o século XXI seja um divisor de águas no quesito “importar-se” e que toda tecnologia desenvolvida perceba também o ser humano e o planeta. Mas temo pelo futuro quando vejo a guerra da Ucrânia ou governantes que desdenham da humanidade e olham apenas para si, seus próprios interesses ou crenças.
Importar-se é dar espaço para a diversidade, e o que somos senão “pura diversidade” cultural, social e individual? Por tudo isso, sendo redundante, penso que a palavra “importar-se” é o que importa, para que um dia não percebamos que é tarde, pois poderá não haver mais nada além de subjetividades mortas, repletas de si mesmo.
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